Jessica Jones: a série e a reflexão
dezembro 02, 2015
Desde a semana passada quando terminei a maratona de duas noites assistindo à nova série da Marvel em parceria com a Netflix eu fiquei com um nó na cabeça. Pensei comigo mesma: caraca! Finalmente uma heroína crível como mulher. Sem brincadeiras, quase todas as heroínas (a maioria até muito recentemente) foram pautadas em estereótipos e muitas delas são uma explosão de feromônios tão grande que chegam a ser irritantes. As coisas parecem estar mudando e mulheres de verdade começam a ser retratadas além de sexualidade e da fragilidade.
No post (maravilhoso) escrito pela Laís Ferreira aqui no blog tratou-se desse machismo hollywoodiano de cada dia. Esse machismo está impregnado em tantos meios que para combatê-lo precisamos de muita representatividade. Aí deram destaque à Jessica Jones.
Vou me esforçar muito para não dar nenhum Spoiler da série porque acredito que cada um que tiver oportunidade de assistir vai ter a chance de tirar suas próprias conclusões, mas eu precisava trazer a impressão geral do que é série me fez pensar/sentir.
A investigadora da Alias (Codinome Investigações - oriunda da HQ criada por Brian Bendis e Michael Gaydos em 2001) é uma mulher decidida, forte (para caramba) e precisou fazer uma escolha: se entregar ao seu medo mais apavorador ou encarar isso e seguir em frente. A série tem algumas diferenças em relação ao material original, mas isso não afetou o resultado do trabalho desenvolvido.
As situações apresentadas são de quebrar a cabeça de qualquer pessoa, seja para deixar estupefato ou para tocar em assuntos que as pessoas geralmente evitam. Os tabus não são aleatórios e são socos na boca do estômago. São assuntos muito importantes e que podem ajudar a quebrar o silêncio das vítimas de várias formas de abuso e vícios.
A adaptação da história de uma super heroína fora dos padrões convencionais que tem clareza de que não é preciso agradar a ninguém e principalmente por contar com uma personalidade obstinada e marcante (escrachada na medida) foi uma das mais gratas surpresas que tive recentemente.
Tem emoção, tem determinação, enfrentamento dos medos e desejo (sim, feminilidade é sútil e intensa) confrontamento. Vítimas que não se calam mais diante de abusos e que se colocam em campo de batalha contra os abusadores merecem destaque. Finalmente deram a cara para bater contra a romantização da obsessão e da cultura do estupro. O silêncio dos inocentes foi quebrado. Tornou-se grito!
Outra observação, uma das mais bonitas por sinal, foi a sororidade entre as personagens Jessica Jones e Trish Walker. Empatia e empoderamento foram expressadas nas ações de ambas as personagens.
No post (maravilhoso) escrito pela Laís Ferreira aqui no blog tratou-se desse machismo hollywoodiano de cada dia. Esse machismo está impregnado em tantos meios que para combatê-lo precisamos de muita representatividade. Aí deram destaque à Jessica Jones.
Vou me esforçar muito para não dar nenhum Spoiler da série porque acredito que cada um que tiver oportunidade de assistir vai ter a chance de tirar suas próprias conclusões, mas eu precisava trazer a impressão geral do que é série me fez pensar/sentir.
A investigadora da Alias (Codinome Investigações - oriunda da HQ criada por Brian Bendis e Michael Gaydos em 2001) é uma mulher decidida, forte (para caramba) e precisou fazer uma escolha: se entregar ao seu medo mais apavorador ou encarar isso e seguir em frente. A série tem algumas diferenças em relação ao material original, mas isso não afetou o resultado do trabalho desenvolvido.
As situações apresentadas são de quebrar a cabeça de qualquer pessoa, seja para deixar estupefato ou para tocar em assuntos que as pessoas geralmente evitam. Os tabus não são aleatórios e são socos na boca do estômago. São assuntos muito importantes e que podem ajudar a quebrar o silêncio das vítimas de várias formas de abuso e vícios.
A adaptação da história de uma super heroína fora dos padrões convencionais que tem clareza de que não é preciso agradar a ninguém e principalmente por contar com uma personalidade obstinada e marcante (escrachada na medida) foi uma das mais gratas surpresas que tive recentemente.
Tem emoção, tem determinação, enfrentamento dos medos e desejo (sim, feminilidade é sútil e intensa) confrontamento. Vítimas que não se calam mais diante de abusos e que se colocam em campo de batalha contra os abusadores merecem destaque. Finalmente deram a cara para bater contra a romantização da obsessão e da cultura do estupro. O silêncio dos inocentes foi quebrado. Tornou-se grito!
Outra observação, uma das mais bonitas por sinal, foi a sororidade entre as personagens Jessica Jones e Trish Walker. Empatia e empoderamento foram expressadas nas ações de ambas as personagens.
Jessica Jones oferece uma oportunidade para se pensar sobre o que subjuga a mulher, suas dores, incertezas e certezas também. Traduz poder e liberdade. A luta por essa liberdade te prende até o final de história. E essa é bem realista . Há personagens incríveis que poderiam ser vizinhos nossos. Tranquilamente (exceto pelos super poderes, né?! - Hahaha) qualquer um de nós poderia ser um daqueles personagens.
Quem nunca fez isso pelo menos na imaginação?! |
No quesito conceitual ainda tem um excelente trabalho visual, cenários urbanos lindos, trilha sonora bacana e os efeitos não estão pecando em nenhum quesito na minha concepção.
Vale ressaltar que a Netflix tem muitos "pontos em Grifinória" por disponibilizar todos os episódios desde o dia 20 de novembro. Foi interessante perceber que a fluidez da série não abre espaço pra marasmo. Muito pelo contrário, os momentos dramáticos elevaram e deram profundidade aos personagens e ao enredo.
Para quem não curte muito histórias de super-heróis eu digo: dê uma chance! Jessica Jones vai além dos super poderes. Você percebe como as relações vão se dando e confrontando aspectos éticos e morais.
Pega o baldinho de pipoca e *vai assistir * - a la Kilgrave.
Foi doloroso escrever sem dar pistas da trama. Então depois volte e comente quais foram suas impressões!
Beijocas, lindezas!
Para quem não curte muito histórias de super-heróis eu digo: dê uma chance! Jessica Jones vai além dos super poderes. Você percebe como as relações vão se dando e confrontando aspectos éticos e morais.
Pega o baldinho de pipoca e *vai assistir * - a la Kilgrave.
Foi doloroso escrever sem dar pistas da trama. Então depois volte e comente quais foram suas impressões!
Beijocas, lindezas!
0 comentários
Deixe seu comentário, Lindeza!